quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Soneto

Como um sândalo humilde que perfuma,
E o ferro do machado que corta,
Ei de ter a minha alma sempre morta,
Mas não me vingarei de coisa alguma...

Se alguma dia perdida pela bruma,
Resolveres bater em minha porta,
Ao invés da humilhação que desconforta,
Terás um leito sobre um chão de plumas...

Em troca dos desgostos que me destes,
Mais carinho terás do que investes,
Meus beijos serão multiplicados...
Para os que voltam pelo amor Vencido,
A vingança maior dos ofendidos
É saber abraçar os humilhados!!

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